As diferenças na geração de energia fotovoltaica podem ser um fator decisivo sobre qual é o projeto mais apropriado para você. Aqui você esclarece as principais dúvidas sobre este tema.
Se você acompanha nosso blog com certa frequência, já deve ter lido aqui que, em um futuro não muito distante, todas as residências — e empresas também, por que não? — serão unidades autônomas de geração de energia, dispensando completamente o uso da rede elétrica. Hoje ainda não é assim, pois não apenas dependemos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em termos de regulamentação, como ainda estamos em uma fase inicial no que diz respeito à implantação de energia fotovoltaica. O processo de substituição é gradual, mas pode se completar com mais velocidade em decorrência do aumento da oferta e da demanda destes sistemas.
No entanto, as tecnologias já estão maduras o suficiente para comportar este novo paradigma, e com isso surgem modalidades de geração de energia diferentes, e aqui falaremos de três delas: a geração própria no local, o autoconsumo remoto e a geração compartilhada. Então, como diria o poeta, comecemos pelo começo:
Geração própria no local
Como o próprio nome diz, é a modalidade mais básica de geração, em que o sistema de energia fotovoltaica é instalado no próprio imóvel onde a pessoa reside ou trabalha e pode, assim, criar todas as condições de gerar a energia necessária para sua vida pessoal ou profissional.
A Resolução Normativa nº 482 da Aneel permite que os cidadãos possam gerar sua própria energia e ainda participar de um sistema de créditos, que pode ser usado como abatimento na conta da rede elétrica. Como já compreendemos desde o começo deste texto, este tipo de geração continua sendo interligado ao sistema de rede elétrica convencional, e faz as devidas trocas do excedente produzido para que sejam gerados os créditos.
Mas há também outras formas de geração de energia que possuem outras regras e características um pouco diferentes.
Autoconsumo remoto
Imagine a mesma situação anterior, mas em uma condição em que não exista espaço para a instalação das placas solares, sobretudo se o volume de energia que deve ser gerado precise ser um pouco mais alto que o de uma residência convencional, ou uma empresa. A solução, então, é transportar o sistema de energia fotovoltaica para um outro local e utilizar a rede de energia elétrica convencional para fazer a transmissão.
O autoconsumo remoto é uma solução bastante indicada para, por exemplo, empresas que tenham filiais dentro da mesma região da concessionária de energia elétrica e desejam compartilhar a geração entre as unidades. Ou então, um condomínio de casas e prédios. Ou um prédio único que esteja em um local com pouco espaço para a instalação do sistema. O autoconsumo remoto oferece várias possibilidades de resolver o problema das contas de energia altas, além do problema de espaço.
Geração compartilhada
Este modelo é capaz de atender muitas pessoas dentro de uma mesma área de concessão por meio de consórcio ou cooperativa. A principal característica desta modalidade é que a Aneel cria duas classificações distintas para que o sistema seja implantado baseado no volume de energia que será gerado. Isto também acarretará na quantidade de créditos criados para a concessionária, mas também cria cenários otimizados para grandes consumos.
De acordo com a resolução nº 482, a geração compartilhada é dividida em duas capacidades:
- Microgeração distribuída: central geradora de energia elétrica, com potência instalada menor ou igual a 75 kW e que utilize cogeração qualificada ou fontes renováveis, conectada na rede de distribuição por meio de unidades consumidoras.
- Minigeração distribuída: mesmo critérios da microgeração, porém com potência instalada superior a 75 kW e menor ou igual a 5MW.
Conclusão
A escolha do melhor sistema depende do seu comportamento de consumo. Uma residência ou uma empresa podem se beneficiar de qualquer um dos sistemas quando o projeto é robusto e feito para ser perene.
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